Tarifaço de Trump: Federação das Indústrias de SC prevê danos 'severos' e defende diplomacia com os EUA

  • 10/07/2025
(Foto: Reprodução)
Fiesc afirmou que taxa de 50% imposta ao Brasil compromete competitividade dos produtos do estado. Os Estados Unidos são o principal destino das exportações catarinenses. Trump anuncia taxa de 50% ao Brasil A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) diz que o tarifaço de 50% anunciado pelo governo dos Estados Unidos às exportações do Brasil vai prejudicar "severamente os embarques dos produtos". A entidade também defendeu a necessidade de manutenção dos canais de negociação pela diplomacia brasileira. A medida norte-americana foi divulgada na quarta-feira (9) pelo presidente Donald Trump e causou rápida repercussão no Brasil. Em Santa Catarina, a entidade aponta que a medida compromete a competitividade dos produtos do estado, já que países concorrentes podem ter taxas bem inferiores. "A tarifa de 50% anunciada pelo governo norte-americano para as exportações de produtos brasileiros vai prejudicar severamente embarques para os Estados Unidos", declarou a Fiesc, em nota. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp Federação das Indústrias de SC prevê danos 'severos' e defende diplomacia com os EUA Fiesc/Divulgação ▶️Os Estados Unidos são o segundo parceiro comercial do Brasil e o principal destino das exportações catarinenses. Em 2024, o estado arrecadou US$ 1,74 bilhão no comércio com o país, na sua maioria com itens manufaturados, como produtos de madeira, motores elétricos, partes de motor e cerâmica, segundo a Fiesc. O governo de Santa Catarina também se manifestou em nota, nesta manhã. O Estado afirmou que "medidas que impactam as exportações exigem respostas construtivas". "É hora de agir com diplomacia e assertividade", escreveu o governo (íntegra da nota no fim do texto). O que acontece se o Brasil retaliar a tarifa dos EUA? Trump fala em relação 'injusta', mas Brasil compra mais que vende desde 2009 Agroindústria Plínio Bordin/Fiesc Fiesc ressalta três pontos Em comunicado nesta quinta-feira (10), a Fiesc defendeu que não há justificativa para a aplicação desta taxa. Defendeu que o Brasil é um país soberano e suas decisões devem ser respeitadas. A entidade afirmou ser necessário avaliar a situação por três pontos: Econômico: "não há justificativa para a aplicação desta taxa, já que os Estados Unidos registram superávit há décadas na balança comercial com o Brasil"; Políticas domésticas: "o Brasil é um país soberano e suas decisões, certas ou erradas, devem ser respeitadas"; Diplomacia: "ao invés de adotar postura neutra em relação à diplomacia internacional, o Brasil repetidamente assume posições de desalinhamento com os Estados Unidos". O Brasil importa mais do que exporta para os Estados Unidos, segundo os dados oficiais do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Os números revelam que o Brasil tem registrado déficits comerciais seguidos com os Estados Unidos desde 2009, ou seja, nos últimos 16 anos. Nesse período, as vendas americanas ao Brasil superaram suas importações em US$ 90,2 bilhões – considerando os números até junho de 2025. Lei da Reciprocidade: entenda o texto citado por Lula para responder tarifaço de Trump Carta com teor político Na carta enviada a Lula, Trump também: Citou Jair Bolsonaro (PL) e disse ser "uma vergonha internacional" o julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF); Sem apresentar provas, afirmou que a decisão foi tomada "devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos". O presidente Lula afirmou que o Brasil "não aceitará ser tutelado por ninguém" e que o aumento unilateral de tarifas sobre exportações brasileiras será respondido com base na Lei da Reciprocidade Econômica. O que disse o governo de SC O compromisso do Governo é com Santa Catarina. Medidas que impactam nossas exportações exigem respostas construtivas por parte do Brasil. É hora de agir com diplomacia e assertividade. Os Estados Unidos são um parceiro comercial importante, e Santa Catarina tem papel estratégico nessa relação — especialmente nos setores industrial e do agronegócio. Qualquer barreira imposta aos nossos produtos afeta diretamente empresas, empregos e a competitividade da nossa economia. Na condição de Governo, vamos defender os interesses catarinenses em todas as frentes. Isso inclui dialogar e buscar articulação com lideranças internacionais que possam contribuir para o equilíbrio dessa relação. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias

FONTE: https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2025/07/10/tarifa-eua-brasil-fiesc-preve-danos-defende-diplomacia.ghtml


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