Quadrilha de MS é alvo de operação contra golpe do falso advogado; 7 são presos
11/11/2025
(Foto: Reprodução) Criminosos se passavam por advogados e convenciam pessoas a efetuar depósitos referentes a custas processuais
Polícia Civil de MS
A Polícia Civil deflagrou, nesta terça-feira (11), a Operação “Alvará Fantasma” para desarticular uma quadrilha de Aquidauana (MS) suspeita de aplicar o golpe do falso advogado em vários estados do país. A ação foi coordenada pela Delegacia de Combate a Estelionatos de Santa Catarina e contou com o apoio das Polícias Civis de Mato Grosso do Sul e do Piauí.
Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e 7 mandados de prisão temporária em Aquidauana, Nova Andradina, Dourados, Campo Grande e Três Lagoas, além de uma prisão em Geminiano (PI).
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Esquema começou a ser investigado em Santa Catarina
As investigações tiveram início em junho deste ano, em Florianópolis (SC), após uma vítima catarinense perder cerca de R$ 100 mil.
Segundo a Polícia Civil, os golpes eram planejados e executados por integrantes do grupo que atuavam a partir de Aquidauana, mas mantinham ramificações em outras cidades sul-mato-grossenses.
A quadrilha é suspeita de ter aplicado o mesmo tipo de fraude contra outras três vítimas em Santa Catarina, com prejuízo total superior a R$ 170 mil.
Como funcionava o golpe
De acordo com o delegado Caio Bicalho, titular da Delegacia de Nova Andradina, os criminosos se passavam por advogados por meio de aplicativos de mensagens. Para enganar as vítimas, utilizavam nomes, fotos e registros verdadeiros da OAB, além de documentos falsificados com timbres e assinaturas do Judiciário.
As pessoas eram convencidas a efetuar depósitos referentes a supostas custas processuais ou liberação de alvarás judiciais inexistentes.
Bloqueio de contas e apreensão de celulares
Durante o cumprimento dos mandados, os policiais apreenderam celulares e outros dispositivos eletrônicos usados nas fraudes. A Justiça determinou ainda o bloqueio de R$ 300 mil em cada uma das 63 contas bancárias ligadas aos investigados.
Os sete suspeitos presos responderão por fraude eletrônica e associação criminosa. As investigações continuam para identificar outros possíveis integrantes do grupo.
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