Esquema ilegal de vendas de jazigos em cemitério de Palhoça movimentou mais de R$ 1 milhão

  • 02/12/2025
(Foto: Reprodução)
Dinheiro encontrado durante a apreensão MPSC/Divulgação A movimentação financeira da ex-gestora do maior cemitério público municipal de Palhoça, na Grande Florianópolis, chamou a atenção do Ministério Público de Santa Catarina, que deflagrou nesta terça-feira (2) uma operação contra a venda ilegal de espaços e jazigos no Cemitério Bom Jesus de Nazaré, no bairro Passa Vinte. O MPSC apontou que entre janeiro de 2024 e junho de 2025, a então responsável pelo espaço movimentou mais de R$ 1 milhão nas próprias contas bancárias, valor apontado pelo órgão como incompatível com o salário dela. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp Nomeada de "Vox Mortis", a operação investiga cobranças indevidas, negociações informais de espaços e jazigos e outros tipos de exigências ilegais feitas a famílias. Ao todo, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em Palhoça, Florianópolis e São José, em endereços diretamente vinculados aos investigados e a estrutura utilizada para viabilizar o esquema. A decisão pela operação também determinou o afastamento imediato da gestora do cemitério. O nome dela não foi revelado e em nota, a prefeitura de Palhoça informou que cumpriu a ordem e a exonerou na última semana. Veja os vídeos que estão em alta no g1 🚔🪦 Como o esquema operava? A investigação é coordenada pelo MPSC com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), a partir de investigação da 2ª Promotoria de Justiça de Palhoça. Foi constatada ainda a utilização de contas bancárias de terceiros para recebimento dos valores da comercialização dos espaços e também a participação de coveiros no esquema. As irregularidades são apuradas desde 2017, com indícios constando em outros inquéritos. Em 2024, uma investigação foi aberta em 2024 sobre possíveis problemas de gestão do cemitério. Mesmo com a denúncia, o grupo teria continuado a agir, reforça o MPSC. Próximos passos da investigação A partir da coleta de provas, o MPSC busca identificar as famílias afetadas pelo esquema criminoso. Após localizadas, serão ouvidas formalmente para auxiliar na comprovação do esquema. "O impacto das condutas investigadas vai muito além do dano financeiro ou administrativo, representa uma ofensa direta à memória dos que já se foram e ao sofrimento de familiares e amigos que, em um momento de dor pela perda de seus entes queridos, confiam na seriedade e correção do serviço público funerário", complementou o MPSC, em nota. O que diz a Prefeitura de Palhoça? Em nota, a prefeitura informou que município não passou por nenhuma busca ou diligência do Gaeco. “A Prefeitura de Palhoça ainda reforça que, como sempre fez, irá colaborar de forma integral para que toda a situação seja esclarecida”, reitera. O que quer dizer “Vox Mortis”? O nome da operação deriva do Latin e tem como tradução “Voz dos Mortos”. Ele foi escolhido para representar o esforço das organizações em dar voz às denúncias ignoradas ao longo do tempo. VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias

FONTE: https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2025/12/02/esquema-ilegal-vendas-jazigos-1-milhao-palhoca.ghtml


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