Empresário expulso de padaria e preso pela PF promovia aplicativo com promessa de ganho em criptomoedas conforme movimento de carros

  • 29/02/2024
(Foto: Reprodução)
Grupo alvo da apuração oferecia programa concorrente da Uber e 99. Segundo polícia, investigados diziam que, quanto mais o veículo rodasse, mais a moeda valorizava. Esquema de criptomoedas estava relacionado a aplicativo de transporte Reprodução/Redes sociais A operação da Polícia Federal que prendeu o empresário Allan Barros, expulso de uma padaria em Barueri, São Paulo, investiga um esquema envolvendo um aplicativo de transporte que seria concorrente da Uber e 99. A Polícia Federal explicou que o grupo criou a criptomoeda e um aplicativo de transporte. A promessa dos investigados era que a moeda valorizava conforme o carro do motorista que tinha o app andava. O advogado Leonardo Dechatnik, que faz a defesa do empresário e da empresa Unimetaverso Gestão de Ativos Digitais e Marketing LTDA., disse em nota que o "cliente e sua empresa nunca foram objeto de processos por parte de investidores." (confira nota completa abaixo). ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp Operação Fast: fraude com criptomoedas lesou 20 mil e causou prejuízo de 100 milhões Além das criptomoedas, o app prometia ganhos de até R$ 50 mil para os franqueados, além de prometerem viagens a Cancun e Paris, relógios e carros de luxo aos mais engajados. A operação Fast foi deflagrada na terça-feira (27). A apuração da PF indica que o grupo operava uma espécie de esquema de pirâmide. O sistema foi todo montado em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, e envolvia criptomoedas. O grupo oferecia, ainda, o próprio banco virtual para as transações. A PF estima que o número de vítimas pode chegar a 20 mil no Brasil e no exterior. O prejuízo delas, ao todo, é de aproximadamente R$ 100 milhões. Atuação da PF durante Operação Fast Polícia Federal/Divulgação O esquema A PF detalhou que os golpes partiam da mesma premissa: oferta de uma criptomoeda desenvolvida por eles mesmos e que prometia lucros acima do mercado a partir de parcerias com empresas. Para dar credibilidade ao negócio e captar novas vítimas, o lançamento da nova moeda foi promovido em uma feira de criptoativos em Dubai. "Trata-se de um golpe. Essa criptomoeda existe, mas as pessoas não conseguem negociá-las. O banco digital prometeu cartões, prometeu operar com uma instituição financeira, porém nada disso funciona, as pessoas colocam o criptoativo dentro desse banco, elas não conseguem movimentar", detalhou o delegado Maurício Todeschini. Quem é o empresário preso pela operação Um dos presos na operação, Allan Barros tem 32 anos. Ele ostentava uma vida de luxo nas redes sociais. Nas redes sociais, Barros postava fotos em lugares como Maldivas, Londres, Paris e Abu Dhabi. Além de dirigir carros de luxo, ele aparece pilotando motos aquáticas e presenteando um parceiro de negócios com um relógio de luxo. Ele morava em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Allan Barros com carro de luxo em Dubai Reprodução/Redes sociais Cerca de um mês antes de ser preso, Barros foi expulso de uma padaria em Barueri. Em 31 de janeiro, o dono do lugar se irritou com ele pelo uso de notebook no local. A Delegacia de Polícia de Barueri abriu um inquérito para investigar uma tentativa de agressão no caso, já que o proprietário da padaria tentou atacar Barros com um pedaço de madeira. O que diz a defesa Confira abaixo a nota na íntegra da defesa de Barros. A defesa de Alan Deivid de Barros e da empresa Unimetaverso Gestão de Ativos Digitais e Marketing LTDA., representada pelo Dr. Leonardo Bueno Dechatnik, vem a público esclarecer informações a respeito da Operação Fast, na qual nosso cliente é investigado. Desde o início das investigações, temos mantido uma postura colaborativa com as autoridades, buscando esclarecer os fatos da forma mais transparente e eficaz possível. É importante salientar que o processo corre em segredo de justiça, o que nos impede de divulgar detalhes específicos sobre o caso neste momento. No entanto, é do interesse de nosso cliente que a verdade seja plenamente esclarecida. Refutamos categoricamente a alegação de que nosso cliente tenha subtraído a quantia de R$ 100.000.000,00 ou que tenha prejudicado entre 5 a 22 mil pessoas. Esses números, mencionados no relatório policial, são baseados em suposições da autoridade policial, sem comprovação efetiva. Até o momento, somente um número ínfimo dessas supostas vítimas efetuou denúncias formalmente, sendo a maior parte destas ex-colaboradores e concorrentes no setor empresarial. Nosso cliente e sua empresa nunca foram objeto de processos por parte de investidores. Ademais, no relatório policial, identifica-se o caso de um indivíduo que se passou por vítima, mas que cometeu furtos de ativos virtuais da empresa e admitiu ter hackeado a plataforma. Sua confissão foi devidamente documentada em ata notarial, que foi anexada ao Boletim de Ocorrência e à notícia-crime, apresentada à delegacia de crimes cibernéticos de Curitiba. Quanto à alegação de que os recursos subtraídos alcançam a cifra de R$ 100.000.000,00, é questionável a metodologia usada para chegar a tal conclusão, baseada em evidências frágeis como capturas de tela de conversas em aplicativos de mensagens e comentários não verificados. Ressaltamos que a decisão de decretar prisão preventiva parece desproporcional, considerando que o caso não envolve violência ou grave ameaça, e que existem medidas cautelares mais adequadas para assegurar o andamento do processo. Alan Deivid de Barros, réu primário, profissional dedicado, não representa risco à sociedade. A defesa está atuando de maneira criteriosa no acompanhamento da operação, e medidas judiciais estão sendo adotadas para corrigir o que consideramos ser uma arbitrariedade. Estamos comprometidos em demonstrar a inocência de nosso cliente e esclarecer os fatos, sempre respeitando o processo legal e colaborando com as autoridades para a justa resolução deste caso. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias

FONTE: https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2024/02/29/empresario-expulso-padaria-preso-pela-pf-aplicativo-fraude-criptomoedas.ghtml


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