Delegado-geral de SC confirma afastamento de juiz após investigação sobre furto de champanhes

  • 31/10/2025
(Foto: Reprodução)
Juiz federal Eduardo Appio Reprodução/Justiça Federal O delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, confirmou nesta sexta-feira (31) o afastamento do juiz federal Eduardo Appio pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) após uma investigação da corporação sobre furto de champanhes em Blumenau (SC) que envolve o magistrado. Ao comentar o caso, o delegado-geral catarinense informou que o magistrado, que atuou em processos da Operação Lava Jato substituindo o então juiz Sérgio Moro, foi identificado como suspeito do crime (entenda mais abaixo). "Estávamos certos! O TRF-4 afastou o Juiz Federal que foi identificado pela PCESC como suspeito de furto em Blumenau", disse Ulisses em uma publicação nas redes sociais. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp O caso foi divulgado na semana passada. Segundo o colunista da NSC TV, Ânderson Silva, o nome do juiz foi citado na investigação e, por isso, houve comunicação ao Tribunal Federal por conta do foro privilegiado de Appio, que apesar de atuar em Curitiba (PR) mora em Blumenau. O TRF-4 foi comunicado oficialmente dos indícios contra o juiz na tarde de 23 de outubro, em um e-mail enviado pela Polícia Civil. Procurado, o órgão federal disse que não se manifestar sobre casos de apurações contra juízes. Apuração da colunista Bela Megale, de O GLOBO, detalha que a decisão pelo afastamento aconteceu de forma unânime. Procurado pela NSC TV desde a divulgação do caso, Appio não se manifestou sobre o caso. Conforme a Lei Orgânica da Magistratura, o afastamento pode acontecer por um período máximo de afastamento de 120 dias, mantendo os vencimentos básicos. Boletim de ocorrências A investigação chegou ao nome do magistrado após um registro policial sobre o furto citar que o suspeito do crime teria deixado o local do crime em um carro com a placa que pertenceria ao juiz. O registro policial sobre o caso relata que duas garrafas de champanhe Moët, ao valor de cerca de R$ 500 cada, foram furtadas em datas diferentes: uma em 20 de setembro e outra em 4 de outubro de 2025. Segundo o documento, o autor do crime seria “um senhor com idade aproximada de 72 anos, que utiliza óculos e possui estatura aproximada de 1,76m” e diz que após o delito, o suspeito "deixou o local conduzindo um veículo Jeep Compass Longitude D". O supervisor do supermercado também descreveu a placa do carro. Ao consultar o registro, a polícia descobriu que o veículo pertence a Appio. Como a descrição feita pelo supervisor não era a mesma da figura do juiz federal, os policiais passaram a investigar o caso. O comunicado da Polícia ao órgão federal afirma que: “O referido ofício registra que a indicação de autoria se deu em sede de indícios, após oitiva de testemunha presencial e análise de imagens, consignando o apontamento de possível autor com prerrogativa de foro, razão pela qual houve a declinação de atribuição ao TRF-4, nos termos do art. 108, I, “a”, da Constituição e da LOMAN”. LEIA TAMBÉM: Eduardo Appio é investigado em caso de suspeita de furto de champanhes Juiz federal da Lava Jato, é investigado em caso de suspeita de furto de champanhes Veja os vídeos que estão em alta no g1 VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias

FONTE: https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2025/10/31/confirma-afastamento-juiz-lava-jato-investigacao-furto-de-champanhes.ghtml


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