Chuvas intensas deixam casas debaixo d'água e mais de 100 ficam desalojados em SC; VÍDEO
24/11/2025
(Foto: Reprodução) Chuvas intensas causam alagamentos em Luiz Alves, no Vale do Itajaí, SC
As chuvas intensas que atingem Santa Catarina desde sábado (22) provocaram alagamentos e danos em pelo menos 32 municípios. Até a última atualização desta segunda-feira (24), a Defesa Civil contabilizava 361 casas afetadas e 113 pessoas que deixaram as próprias casas para se abrigar com parentes ou amigos (veja a lista de cidades abaixo).
O canal de acesso ao Porto de Itajaí chegou a ser fechado às 8h30 desta segunda pela Marinha devido aos ventos intensos. Ele foi reaberto às 16h20, após avaliação da corporação.
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O mau tempo também atingiu o Rio Grande do Sul e o Paraná. Em Guarapuava, pedras de granizo do tamanho de ovos de galinha causaram estragos, e em Erechim, mais de 150 pessoas ficaram feridas (Veja mais abaixo).
Casa ficou embaixo d'água com chuvas intensas em Luiz Alves
Ivanir Muller e Evanildo Pauli/Arquivo pessoal
Emergência e interdições
Luiz Alves, no Vale do Itajaí, foi uma das cidades mais afetadas, com vários pontos de alagamento (veja vídeo no início da matéria).
A prefeitura suspendeu as aulas da tarde e da noite. O posto de saúde do bairro Canoas também não funcionou durante a tarde. Um abrigo foi aberto para atender moradores, caso seja necessário.
Ibirama, Petrolândia e Lontras, no Vale do Itajaí, e Massaranduba, no Norte, decretaram situação de emergência. Já Seara, Rio das Antas, Cunha Porã e Fraiburgo, no Oeste; Vitor Meireles, no Vale do Itajaí; Balneário Barra do Sul, no Norte, estudam adotar a mesma medida.
Em Joinville, no Norte, houve pontos de alagamento na manhã desta segunda-feira. Por volta das 7h, ao menos quatro bairros registravam interdições e problemas causados pela água nas vias. Até o início da tarde, a cidade tinha oito pessoas desabrigadas.
Veja abaixo as cidades que tiveram danos em casas e moradores que precisaram sair. Os desabrigados foram levados para abrigos públicos, enquanto os desalojados estão em casas de parentes ou amigos.
Estragos com as chuvas em SC
Chuva causa alagamentos em Joinville; VÍDEO
Microexplosão atinge cidade na Grande Florianópolis
Gado isolado pela chuva em Luiz Alves, SC
Lincoln Pradal/NSC TV
De acordo com os dados da Defesa Civil, as cidades que tiveram estragos em Santa Catarina foram atingidas ou por granizo, ou por chuvas intensas. Confira abaixo nas listas.
Granizo
Agrolândia - Vale do Itajaí
Apiúna - Vale do Itajaí
Barra Bonita - Oeste
Chapecó - Oeste
Cunha Porã - Oeste
Florianópolis - Grande Florianópolis
Fraiburgo - Oeste
Ibirama - Vale do Itajaí
Jardinópolis - Oeste
Lontras - Vale do Itajaí
Major Gercino - Grande Florianópolis
Petrolândia - Vale do Itajaí
Rio das Antas - Oeste
Rio do Sul - Vale do Itajaí
Seara - Oeste
São Bento do Sul - Norte
São Pedro de Alcântara - Grande Florianópolis
Timbó Grande - Oeste
União do Oeste - Oeste
Videira - Oeste
Vitor Meireles - Vale do Itajaí
Chuvas intensas
Balneário Barra do Sul - Norte
Luiz Alves - Vale do Itajaí
São Francisco do Sul - Norte
São João do Itaperiú - Norte
Maiores acumulados de chuva
Luiz Alves foi a cidade catarinense com maior acúmulo de chuva em 24 horas, das 16h30 de domingo às 16h30 desta segunda. Foram 181,6 milímetros, conforme a Defesa Civil (veja a tabela abaixo).
Para se ter uma ideia, a média histórica de chuva esperada para todo o mês de novembro na região é de 130 milímetros, de acordo com a Epagri/Ciram, órgão que monitora as condições meteorológicas do estado.
Maiores acumulados de chuva em Santa Catarina
Defesa Civil/Divulgação
Chuva persistente e temporais isolados
Mapa da Defesa Civil indica mais riscos de estragos na região Norte de SC
Defesa Civil/Divulgação
Ainda há risco de chuva persistente e volumosa e temporais isolados até a noite desta segunda, de acordo com a Defesa Civil.
A maior chance de estragos é na região Norte do estado. Um ciclone extratropical já está em desenvolvimento entre o litoral do Paraná e Sudeste do Brasil.
A tendência é de permanência da chuva intensa no Litoral Norte e Vale do Itajaí até a metade da tarde, quando a chuva começa a perder força gradativamente. Em relação aos estragos, o risco é para alagamentos e enxurradas, além de deslizamentos.
Nas demais regiões do estado, a chuva ocorre na forma de pancadas isoladas acompanhada por temporais, principalmente à tarde. O risco é para destelhamentos, danos na rede elétrica, queda de galhos e árvores e alagamentos.
Em caso de emergência, ligue para 193, para os bombeiros, ou 199, para a própria Defesa Civil. O órgão recomenda:
jamais atravesse ruas alagadas ou pontes e pontilhões submersos;
não dirija em locais alagados;
em alagamentos, evite contato com a água;
durante os ventos mais fortes, busque um local abrigado;
o local abrigado deve ser longe de janelas, árvores, placas, postes de energia e objetos que possam ser arremessados.
Sul afetado
Além de Santa Catarina, o Rio Grande do Sul e o Paraná também são afetados pelo mau tempo. Pedras de granizo do tamanho de ovos de galinha atingiram Guarapuava, na região central do Paraná, durante um temporal registrado na tarde de domingo (23). A chuva causou estragos em diversas casas e mobilizou equipes da Defesa Civil.
O temporal com granizo que atingiu Erechim, na Região Norte do RS, no domingo, deixou mais de 150 pessoas feridas e afetou mais de 25 mil moradores. A cidade decretou situação de emergência.
Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a tempestade foi influenciada por uma frente fria no oceano, que favoreceu a formação de um fenômeno chamado “cavado meteorológico”, uma área de baixa pressão que contribui para a formação de nuvens de tempestade.
A frente fria não avançou sobre o Paraná, mas influenciou as condições do tempo na região.
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